A Crise do Liberalismo (1929)
O crack da Bolsa de Nova York, ocorrido em 24 de outubro de 1929, teve
origem em uma grave crise econômica nos EUA. A interdependência das economias
capitalistas e o papel econômico hegemônico assumido por esse país no pós
I Guerra Mundial explicam a repercussão mundial dessa crise.
Para além das análises
acadêmicas, outras linguagens foram utilizadas na leitura dos acontecimentos de 1929 que
levaram milhões de pessoas ao desemprego e à miséria e todos os setores da
economia capitalista a ondas de falência sem igual.
Vejam os documentos abaixo.
Quais as facetas dessa crise que eles iluminam? Que outras facetas você
privilegiaria?
"Tomei consciência pela primeira vez do problema do desemprego em 1928 [...] Lembro-me do choque, do espanto que senti quando pela primeira vez me misturei com vagabundos e mendigos, ao descobrir que uma boa parte, talvez uma quarta parte dessa gente [...] eram mineiros e colhedores de algodão, jovens e honestos, contemplando seu destino com aquele assombro estúpido de um animal que caiu numa armadilha. Simplesmente não conseguiam entender que acontecia com eles. Tinham sido criados para trabalhar, e - vejam! - era como se nunca mais fossem ter a oportunidade de voltar ao trabalho. Nessas circunstâncias, era inevitável, no início, que fossem perseguidos por um sentimento de degradação pessoal. Tal era a atitude para com o desemprego naquele tempo: era um desastre que acontecia a você como indivíduo e a culpa era sempre sua” [1]
"Os estados ocidentais inquietam-se sob os efeitos da metamorfose incipiente. Texas e Oklahoma, Kansas e Arkansas, Novo México, Arizona, Califórnia. Uma família isolada mudava-se de suas terras. O pai pedira dinheiro emprestado ao banco e agora o banco queria as terras. A companhia das terras - que é o banco, quando se ocupa dessas transações - quer tratores, em vez de pequenas famílias nas terras. Um trator é mau? A força que produz os compridos sulcos na terra não presta? Se esse trator fosse nosso, não meu, nosso, prestaria. Se esse trator produzisse os compridos sulcos em nossa própria terra, prestaria, na certa. Não nas minhas terras, nas nossas. Então, aí sim, a gente gostaria do trator, gostaria dele como gostava das terras quando ainda eram da gente. Mas esse trator faz duas coisas diferentes: traça sulcos na terra e expulsa-nos delas (...). Há que pensar sobre isso."[2]
A crise chega ao Brasil |
Investidor falido vendendo seu automóvel por cem dólares |
[1] Fonte: Orwell, George. "O Caminho para Wigan
Pier", in: "História do século XX". São Paulo, Abril Cultural,
1974, vol. 6, p. 1351
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ResponderExcluirAo tempo em que não só a população mais pobre se via desempregada, mas também a burguesia dos países desenvolvidos via a necessidade de afastar a possibilidade de que, com a crise no sistema capitalista liberal, emergissem governos socialistas, cresceu-se o apoio aos partidos de extrema direita, que, com apoio tanto de parte da burguesia quanto do proletariado dos países capitalistas, acabaram alcançando o poder, principalmente porque possuíam um projeto para a saída da crise.
ResponderExcluirComo satiriza a charge que se encontra no link abaixo:
http://2.bp.blogspot.com/_q82HeJQFXTg/SWC5cgdJzII/AAAAAAAAFu0/ev2ggnlyRVk/s1600-h/crise+1929.jpg
(não sei como por uma foto no comentário, professora. Desculpe-me.)
Erick Maiworm Bromerschenckel T:3B Nº:10
Acho que não há como postar ilustração no comentário, Erick. Mas vc. apresentou uma outra faceta dessa crise - a busca de solução pela extrema-direita. Parabéns!
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ResponderExcluirO segundo documento (STEINBECK, John) revela a descrenca da populacao frente ao liberalismo, acusado como principal culpado da crise de 29, devido a não intervencao estatal e a producao excessiva, que não acompanhou o consumo, produzindo excedentes. Essa descrenca produziu como uma válvula de escape um pensamento voltado ao socialismo, em que não há propriedade privada. Isso pode ser comprovado no momento em que substitui o "meu" pelo "nosso", o que destitui a nocao de posse da producao por ele referida. Para o escritor, o trator, ao servir a um proprietário, acaba expulsando os ocupantes da terra. Assim, ele diz que a solucao do problema seria se o trator produzisse para todos, e não a um proprietario somente. O que revela sua tendencia ao socialismo.
ResponderExcluirOBS:estou com um problema no teclado americano porque ele não consegue digitar o cedilha.
Daniel Scalercio Santos T:3A
Sim, Daniel!
ExcluirLembra que discutimos como a falência das propostas liberais levaram ao crescimento das ideias não liberais - fosse de esquerda ou da extrema direita?
É interessante perceber como a necessidade gerada pela crise faz os homens se movimentarem, também no campo das ideias. As vezes, infelizmente, junto com esse movimento vem também a intolerância, o irracionalismo, o uso da força para a tentativa do controle total. Assim foi na época com as ditaduras e os governos de tipo totalitário.
Bjos.
Identifico que no primeiro documento, o autor revela uma faceta negativa do forte individualismo presente nessa década. Assim, em meio da crise ele se vê isolado e culpado pelo seu fracasso. Para o cidadão da época, o trabalho era o principal meio de satisfacao pessoal, e portanto, o desemprego levou-o a uma profunda crise pessoal. Nesse fragmento vale destacar um pensamento da época de que o fracasso do indivíduo é provocado somente pelo mesmo, foi essa concepção que levou o autor a amargura.
ResponderExcluirDaniel Scalercio Santos T:3A (não sei o meu número de chamada)
Essa ideia de que o indivíduo é responsável por tudo que lhe acontece é cara ao liberalismo: o self-made man. O texto retrata bem a crise dessas propostas e como os homens sentiram-se perdidos!! Interessante, não?! Então, dá para entender o porque das ideias fascistas terem tido tanta atração nesse momento. Elas anunciavam o fim dessa culpa. O coletivo nacional é que valia e uns deveriam "ajudar" aos outros. Essa a ideologia que se escondia por trás da prática autoritária e xenofóbica do fascismo.
ExcluirBjos.
http://3.bp.blogspot.com/_FfSMJ1WU_3U/S7pf9daV4gI/AAAAAAAAAAM/lYGdTZdZsuc/s1600/crise+de+29.jpg
ResponderExcluirEssa charge mostra uma comparacão entre as crises de 29 e a de 2008.
O quadrinho de 29 revela os investidores da bolsa de NY falidos se jogando dos prédios, já o segundo quadro mostra que a mesma busca excessiva de expandir os lucros causou em uma nova crise. Porém o quadrinho da crise de 2008 revela que a bolha imobiliária explodida nos EUA atingiu principalmente aqueles que perderam seus imóveis e esses -como mostra a charge- foram expulsos de suas residências pelos banqueiros.
Daniel Scalercio Santos T:3A
Legal sua pesquisa, Daniel!
ExcluirDá para refletir acerca das razões estruturais para as crises capitalistas, não?
Bjos
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirA década de 20 foi muito promissora para o EUA. A 1ª Grande Guerra acabou proporcionando um crescimento econômico para o país, fazendo com que houvesse a expansão da renda da população. Assim, o American Way of Life disseminava para o mundo as ideias de um consumo progressivo e cada vez maior. Desse modo, propagandas para comprar veículos e eletrodomésticos eram cada vez mais crescentes no país. Porém, com o crack da bolsa de NY, toda essa euforia se esvaiu. A reação da população foi de espanto e desespero, como mostrado no trecho do documento 1: "Lembro-me do choque, do espanto que senti quando pela primeira vez me misturei com vagabundos e mendigos." O American Way e o clima de equilíbrio e prosperidade não faziam mais sentido para os estadunidenses. O que ficou da crise foi a desesperança e a tristeza, já que muitos perderam tudo o que tinham pela desvalorização das ações das empresas. Assim, era justificável o pensamento pessimista dos desempregados de nunca mais conseguiriam emprego devido a magnitude da crise que impactou o mundo inteiro e a sensação de "degradação pessoal", já que o trabalho na época era uma ferramenta que dignificava o homem, o fazia cidadão e promovia um sentimento de satisfação. Ficar desempregado significaria estar à margem da sociedade, estar fora da esfera social.
ResponderExcluirA foto mostra uma fila de desempregados esperando receber comida e café.
http://www.google.com.br/imgres?hl=pt-BR&rls=com.microsoft:pt-BR:%7Breferrer:source%3F%7D&rlz=1I7SKPT_pt-BRBR446&biw=1024&bih=653&tbm=isch&tbnid=fj46RVCq00DGkM:&imgrefurl=http://economiabrasil.com/a-crise-de-wall-street-a-extensao-mundial-da-crise-tentativas-de-solucao-consequencias/&docid=eBiTPEyXsMsWeM&imgurl=http://economiabrasil.com/wp-content/uploads/crisis29.jpg&w=591&h=479&ei=yXFKUNKJMazK0AGY6YF4&zoom=1&iact=rc&dur=369&sig=108543295393106421052&page=2&tbnh=153&tbnw=181&start=15&ndsp=17&ved=1t:429,r:10,s:15,i:179&tx=102&ty=68
A foto mostra crianças numa manifestação de trabalhadores levando cartazes com os dizeres: "Por que você não dá um emprego ao meu pai?" mostrando a grave crise de desemprego nos EUA e a revolta da população.
http://www.google.com.br/imgres?start=50&num=10&hl=pt-BR&rls=com.microsoft:pt-BR:%7Breferrer:source%3F%7D&rlz=1I7SKPT_pt-BRBR446&biw=1024&bih=653&tbm=isch&tbnid=HOLLMq7BwGy4fM:&imgrefurl=http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/sala_de_aula/historia/historia_da_america/estados_unidos_a_crise_de_1929/a_crise_de_1929&docid=cvrd_-URJURuUM&imgurl=http://downloads.passeiweb.com/imagens/newsite/saladeaula/historia/hist_america/crise_29_1.jpg&w=300&h=382&ei=Gm5KUMyvB8fo0QGD_oDIBw&zoom=1&iact=hc&vpx=579&vpy=72&dur=4040&hovh=253&hovw=199&tx=103&ty=143&sig=108543295393106421052&page=4&tbnh=146&tbnw=132&ndsp=16&ved=1t:429,r:14,s:50,i:166
Bárbara Drude Turma: 3B Nº:07
Legal, Barbara, vc. ter percebido como a ideologia do trabalho que dignifica está ligada à filosofia liberal!!! Com a falência desses ideais em 1929, as pessoas sentiram-se sem chão e desesperadas buscavam agarrar-se ao que lhes restava de dignidade. Deve ter sido uma loucura, não?
ExcluirAinda hoje, muitos de nós nos sentimos assim quando pensamos no trabalho e no que ele significa em nossa sociedade, não é? Mas, estamos em um momento de transição para o signficado do trabalho. O que vc. acha?
bjos
A crise que começou nos Estados Unidos com o "crack" da Bolsa de New York se espalhou pelo mundo, isso aconteceu porque eles mantinham relações de comércio com diversos países. No Brasil não foi diferente, daqui era exportado uma grande quantidade de café para os Estados Unidos. Com a quebra da economia americana a exportação diminuiu, mas a produção continuou no mesmo patamar, criando assim uma superprodução de café (como mostrado na na 1ª imagem do post). Este café era acumulado e depois queimado, porque assim o café continuaria sendo um produto valorizado, um produto da elite.
ResponderExcluirPietro Lima Locks Guimarães T:3A nº 25
Oi, Pietro! Vc. privilegiou a questão da interdependência das economias capitalistas que acabou por provocar reflexos intensos em todos os países que se interligavam econômica e financeiramente. Hoje em dia, temos ainda mais agravada esta questão, não acha?
ExcluirBjos
http://www.google.com.br/imgres?hl=pt-BR&sa=X&rls=com.microsoft:pt-BR:%7Breferrer:source%3F%7D&rlz=1I7SKPT_pt-BRBR446&biw=1024&bih=653&tbm=isch&prmd=imvnsfd&tbnid=QyWQsIoLhCjctM:&imgrefurl=http://caouivador.wordpress.com/tag/crise/&docid=rep9Mt_ISXpHaM&imgurl=http://caouivador.files.wordpress.com/2008/10/crisenabolsa.jpg&w=732&h=676&ei=HHpKUMDkNuO-0AGtqYCwAw&zoom=1&iact=rc&dur=436&sig=108543295393106421052&page=4&tbnh=142&tbnw=154&start=52&ndsp=20&ved=1t:429,r:17,s:52,i:298&tx=72&ty=96
ResponderExcluirA charge satiriza o mercado financeiro que como é instável, pode a qualquer momento valorizar ou desvalorizar as ações. Desse modo, há uma falha de comunicação e de entendimento entre as pessoas, pois algumas ouvem ao invés da palavra "excel", "sell", que em inglês, significa comprar. Do mesmo modo, outras ouvem a palavra "buy" ao invés de "goodbye". Assim, se instala um desespero para tanto comprar ou vender as ações, dependendo do momento no qual a instituição passa. Essa charge pode se relacionar ao documento 1, visto que as pessoas ficam desesperadas e arrasadas com os momentos de crise, querendo vender as ações e arrumar novos empregos.
Bárbara Drude Turma: 3B Nº:07
Muito inteligente a charge, Bárbara! Vc. percebe como o produto principal do sistema capitalista é o dinheiro? Hoje em dia essa questão torna ainda mais instável as relações entre os estados soberanos e as grandes companhias transnacionais! Afinal, o dinheiro é uma mercadoria flutuante e quase virtual nesse mercado de ações!
ExcluirPense nisso!
Bjos.
A Crise de 1929 teve um papel importante na história da politica no Brasil, ajudando a por um fim na politica do Café Com leite onde São Paulo e Minas Gerais revezavam o poder nacional.
ResponderExcluirO café estrangeiro cada vez mais competia de igual pra igual com o do Brasil, e devido a grande taxação de impostos na exportação (importante devido aos altos gastos na infra-estrutura do estado de São Paulo), o produto aumentava no seu valor final, diminuindo a venda no mercado internacional, para tentar reverter essa situação, o estado de São Paulo ( maior produtor de café na época), visando o aumento do valor do café, optou por comprar e estocar café para elevar seu preço, porém essa e outras medidas, não foram suficientes e levaram o estado a um endividamento.
Outro fator que complicou mais ainda o poder politico do café, foi quando o presidente da época Washington Luís quebrou o acordo de Minas Gerais e São Paulo (Politica do Café com Leite) , apoiando a candidatura do também paulista Júlio Prestes, insatisfeitos, a elite mineira se aliou a partidos da oposição e apoiou o fim do monopólio politico do café. O fim desse acordo somado a crise de 1929 onde os preços do café despencaram, retirando muitos barões do café da politica, pôs um fim no domínio politico do café, originando a revolução de 30, onde com um golpe de estado, Getúlio Vargas apoiado pela elite de Minas Gerais e Rio Grande do Sul tomou o poder.
Na primeira charge, vemos uma mulher com aparência fraca, de cabeça pra baixo representando a lavoura e embaixo uma mulher gorda, sorrindo, representando a política, e do lado um homem carregando um saco de café entregando a Moisés, essa charge critica a estratégia feita para o comércio internacional de café, onde compravam e estocavam milhões de sacos para o aumento no seu preço. Podemos ver o saco de café sendo entregue ao Moisés como uma crítica ao desperdício do café, e a mulher fraca (lavoura) triste em ver a situação enquanto a mulher rica (politica do café com leite ) ri, contente com o acontecimento, vendo como uma solução para mantê-la no poder.
Renato Lisboa de Souza T:3A nº27(não tenho certeza do numero!)
Renato,qual a relação que vc. pode estabelecer entre essa questão e a crise de 1929. Dá para perceber como o modelo de desenvolvimento nacional baseado na exportação de gêneros primários deixava o país muito vulnerável ao humor do mercado internacional?
ExcluirBjos.
A crise teve impactos em todo o mundo, já que os EUA eram credores de boa parte dos países na europa que foram devastados pela primeira guerra mundial, a crise tornou-se mundial, atingindo até mesmo o Brasil (com a superprodução do café, que resultou na queima do mesmo de modo a não modificar seu preço), como pode-se observar na primeira imagem. Certamente foi os Estados Unidos que mais sofreu, com pessoas perdendo suas posses, empregos e misturando-se a mendigos e vagabundos, como dito no fragmento de Orwell. Num primeiro momento os desempregados sentiam-se envergonhados, já que "o trabalho enobrece o homem". Estes indivíduos acabam por atribuir a culpa a si mesmos, por não serem bons o suficiente,pensamento que ocorre pela ideologia da época. Tudo o que acontece a alguém é uma consequência das suas atitudes. A crise leva as pessoas a desacreditar na atual estrutura da sociedade (no segundo fragmento), começam a pensar numa ideia de unidade das pessoas, contrapondo-se ao induvidualismo anterior. Daí desenvolveram-se pensamentos mais radicais, que futuramente levaram a movimentos fascistas.
ResponderExcluirCarolina Diniz Cabral T: 3C Nº: 08
Boa síntese, Carolina. Vc. estabeleceu de forma correta a relação entre as economias da época e a ideologia do sel-made man do liberalismo.
ExcluirParabéns!
bjos.
Ambos os textos mostram não só o desespero da população estadunidense diante da crise de 29, como os efeitos trazidos por ela, inclusive aqui no Brasil, e também a nova tendência de expansão socialista como esfera política, já que o capitalismo liberal estava trazendo descontentamento em todos.
ResponderExcluirÉ fato que a grande Primeira Guerra tenha trazido lucros para o cofre dos EUA; o lucro foi tão grande que acompanhou de forma linear a produção. A população, incentivada pelo consumismo crescente (baseado no American Way Of LIfe), comprava de forma demasiada até se individarem. Os bancos não consguiram acompanham tal ritmo, até que em 1929 a bolsa quebra, deixando milhares de empresários e trabalhadores desempregados e consequentemente, sem dinheiro.
Como as transações externas já se faziam bastante presentes na época, o Brasil não saiu ileso diante da crise. Sua maior exportação - o café- acabou sendo prejudicado já que seu maior comprador estava em momento de crise (como pôde ser observado na charge). Dessa forma, o Brasil ficou com muito produto estocado e a solução foi queimá-los.
Já para os EUA, a solução foi interferir diretamente na econimia. Quem comandou o momento de intervenção foi o Presidente Roosevelt, com sua nova implementação do "New Deal".
Bárbara Silveira, T:3B
Barbara, faça uma reflexão maior sobre a sua afirmativa: "os bancos não conseguiram acompanhar tal ritmo..." Na verdade, a especulação relacionada à utilização do dinheiro como mercadoria é um dos elementos mais importantes para se entender a crise de 1929.
ExcluirPense nisso!
Bjos.
A afirmação a cima pode ser comprovada atravévs de algumas passagens do texto:
ResponderExcluir"Nessas circunstâncias, era inevitável, no início, que fossem perseguidos por um sentimento de degradação pessoal. Tal era a atitude para com o desemprego naquele tempo: era um desastre que acontecia a você como indivíduo e a culpa era sempre sua” - esse trecho mostra a insatisfação, ou melhor, o desespero daqueles que tiveram tudo periddo de um dia para o outro. A situação foi tão preocupante, que alguns empresários, ao saber da falência de suas empresas, se mataram. A foto do rapaz tentando vender seu carro por 100 dolares, também mostra o desespero diante da grande crise: a situação era tão grave, que qualquer valor que conseguisse vender, já estava no lucro.
Não é angustiante ver as pessoas definirem o que são a partir do que têm? É a força da ideologia! Hoje em dia, infelizmente, ainda nos sentimos da mesma forma. Nossa capacidade de consumo define, muitas vezes e para muita gente, as vezes para nós mesmos, quem somos!
ExcluirBjos
http://www.google.com.br/imgres?um=1&hl=pt-BR&biw=1360&bih=642&tbm=isch&tbnid=0K73v0sl1FG5ZM:&imgrefurl=http://tebloga.wordpress.com/2011/07/31/paul-krugman-acordos-firmados-dos-dois-lados-do-atlantico-vao-piorar-a-crise-economica-mundial/&docid=k50
ResponderExcluirO autor na charge satiriza a dependência econômica dos outros países em relação aos Estados Unidos através da bolsa(objeto).Mostrando a queda da "bolsa" dos Estados Unidos e como efeito domino as outras "bolsas" subsequentes.
Vitor, analise mais a charge. Relacione-a aos documentos que foram postados. Não fique com preguiça!!
ExcluirBjos
A imagem do investidor falido nos mostra que o homem por ser muito ganancioso e a bolsa de valores ter o atraído com altos lucros em 1928.Proporcionou em 1929 e em 2008 uma alto taxa de desemprego e varias pessoas falindo.
ResponderExcluirVítor Guimarães T:3b N:32
Vitor, sua resposta é muito simplista!!! Tente perceber que todo o sistema empurrava qualquer pessoa que tivesse alguma poupança a aplicar na Bolsa de Valores. A crença construída pelo mercado da invulnerabilidade da economia capitalista norte-americana facilitava isso! Vamos analisar mais!!!
Excluirbjos
O ano era o de 1918,a Primeira Grande Guerra estava chegando ao seu fim,seu saldo para as sociedades europeias era devastador,as economias do continente estavam arrasadas e a população clamava,já através de movimentos pacifistas,pelo fim do conflito.Enquanto isso,após sucessivos fracassos em suas ofensivas à França,os alemães se rendem sem condições de continuar no embate...
ResponderExcluirAgora,com o fim da Guerra,os países europeus estavam desestruturados,suas economias enfraquecidas e a inflação atingindo níveis estratoféricos,sem mencionar que boa parte do território europeu estava destruído pelos conflitos.É nessa conjuntura que os EUA se impõe como a grande potência,principalmente econômica,do Mundo,produzindo a ritmo de Guerra e impulsionando sua produção industrial,sendo responsável por quase metade da produção mundial durante a década de 1920.A ideia era aproveitar a situação econômica europeia para abrir estes mercados para capital norteamericano,financiando sua reconstrução ao fornecer,principalmente,capitais e bens de consumo duráveis...em resumo,os EUA passaram a ser o credor dessa Europa mergulhada em crises.Com a produção inabalável,a economia dos EUA estava em plena expansão,com a mesma alimentada pelo mercado consumidor interno assim como o externo.
Essa situação passa a mudar ao configurar-se no continente europeu uma ligeira recuperação de países como Alemanha e França,essencialmente potencias industriais que ao menor sinal de reestruturação recuperaram seus setores industriais,conseguindo abastecer ,ainda que de maneira branda,seu mercado interno.Isso enfraqueceu a economia norteamericana e abriu caminho para a grande crise,que terá seu estopim em breve...
Nesse momento,as empresas mantinham seus saldos positivos e as mesmas investiam na concessão de crédito fácil e investimentos na Bolsa de valores,essas medidas provocaram num gradativo endividamento da população que levou à diminuição do consumo e a consequente baixa dos preços dos produtos americanos.O cenário para a crise de 1929 estava configurado...
Essa gradativa baixa de preços fez com que algumas empresas norteamericanas chegassem à falência,provocando na Bolsa uma certa desconfiança de investidores.Tal fato levou a um intenso movimento de venda de ações e ,como haviam poucos compradores,a bolsa,enfim,quebrara.
Com o colapso da principal economia mundial,é fácil constatar que todas as outras sofrem de maneira intensa em todos os seus setores,seja ele a indústria,a agricultura,o comércio e os bancos.
Devido a essa magnitude,muitos teóricos admitem e,na minha opinião,com razão a inauguração de uma nova etapa no processo de construção histórica em nossa sociedade.É a partir dessa crise que se alimentam ideologias de extrema-direita assim como ideologias de esquerda,todas estas fomentando dois dos episódios mais importantes da história:A segunda grande guerra e a guerra fria...
Nome:Eric Fagundes de Carvalho Turma:3C Numero:11
Boa síntese! mas, gostaria de ver a relação com as postagens e alguma reflexão.
ExcluirBjos
http://blogs.estadao.com.br/reclames-do-estadao/files/2011/08/1929.10.13-crise-leite-p%C3%B3-crian%C3%A7a2.jpg
ResponderExcluir“Na crise…
Porque pagar tanto pelo melhor Leite em pó? Peça Dryco – preço módico. Lata grande, azul. Nenês fortes e satisfeitos assim só com Dryco. Se o seu leiteiro vier tarde, use o bom leite em pó Dryco”.
13 de outubro de 1929.
Nesse anúncio publicado no Estadão em 1929 está evidenciada a crise pela qual o mundo atravessava. Após a Primeira Guerra Mundial os Estados Unidos passaram de devedores a credores dos países que precisavam se reconstruir. Também fornecia produtos industrializados a aqueles países que tiveram seu parque industrial abalado, sendo assim, seu parque industrial cresceu muito e manteve seu ritmo de produção, ritmo esse que não foi acompanhado pelo ritmo de consumo, já que as economias européias começaram a se restabelecer e o mercado interno americano possuia limitado poder de compra. Além disso havia a livre oferta de crédito, que com a eclosão da crise, fez com que os bancos quebrassem, além das indústrias devido a redução do consumo.
Como a economia mundial estava atrelada à economia estadunidense, a quebra da bolsa teve impactos no mundo todo, inclusive no Brasil, que na época era um país agrário-exportador e tinha como principal produto o café, e após a crise não consegue exportar sua produção, fazendo com que as sacas de café fiquem acumuladas desvalorizando assim o produto. No anúncio há a sugestão do corte de custos para enfrentar a crise (não é necessário comprar o melhor leite em pó, e sim o que tem maior lata) evidenciando assim, como a crise afetou a todos os cidadãos brasileiros.
Talita Quaresma Ferreira Turma: 3c Número: 29
Os documentos ilustram uma situação caótica pela qual a sociedade norte-americana passava no final da década de 1920. A crença de que o mercado se autorregulava estava sendo posta em xeque, ao mesmo tempo em que o capitalismo liberal desabava. Cada vez mais, crescia a taxa de desemprego, e a população se via em uma situação alarmante.
ResponderExcluirResponsável, até o momento, por aproximadamente 40% da economia mundial, a crise econômica dos Estados Unidos atingiu todos os países capitalistas do mundo. O Brasil, por exemplo, viu seu principal produto de exportação, o café, quase desabar o país. Isto porque não havia mais quem pudesse comprar a mercadoria. A Europa ainda se recuperava da Primeira Guerra Mundial, e os Estados Unidos não tinham como bancar sua compra.
Como consequência, intensificam-se os movimentos nacionalistas que previamente já existiam, mas não possuíam tanta força: o socialismo, o comunismo e o fascismo. Grupos esquerdistas, estimulados pela possibilidade de remover sua sociedade da conflitante situação, tentaram - e muitos conseguiram-, instaurar regimes ditatoriais, que eram apoiados pela população.
Turma 3A n° 14
ExcluirGabriel, os regimes ditatoriais do período não são apenas de esquerda (stalinismo).Aliás, a maioria deles são de extrema direita e anti-comunistas! Interessante, vc. perceber a relação entre o crescimento do ultra-nacionalismo e a crise econômica e financeira. Em nossos dias temos também exemplos de que esse modelo tende a se repetir, infelizmente.
ExcluirBjos.
A quebra da bolsa de Valores de Nova Iorque aconteceu na chamada quinta-feira negra, dia 24 de Outubro de 1929. Nesse dia cerca de 16 milhões de ações foram lançadas e não compradas na bolsa. No início do mês seguinte as ações já tinham se desvalorizado cerca de 1/3 do seu valor.
ResponderExcluirDurante o período de crise a produção era muita, o consumo não acompanhava essa produção fazendo com que o preço caisse e as ações se desvalorizassem. A agricultura também foi atingida e o comércio internacional agia de forma mais protecionista do que antes. Nessa época os índices de desempregados beirou 30 milhões.
http://www.google.com.br/imgres?um=1&hl=en&sa=N&authuser=0&biw=1366&bih=643&tbm=isch&tbnid=7Kii89f00ZRJOM:&imgrefurl=http://www.buscabairros.com.br/cinema/filme/charles-chaplin/&docid=LBZBd4fOyd0icM&imgurl=http://www.buscabairros.com.br/cinema/wp-content/uploads/2010/09/charles-chaplin4.gif&w=297&h=277&ei=Zt5UUMyQLoW10QHcy4GABg&zoom=1&iact=hc&vpx=379&vpy=197&dur=601&hovh=217&hovw=232&tx=108&ty=125&sig=117181502432025671729&page=1&tbnh=135&tbnw=165&start=0&ndsp=22&ved=1t:429,r:9,s:0,i:101
Charles Chaplin satirizou vários problemas sociais de seu tempo em seus filmes. Na foto ele interpreta um de seus personagens que no filme "A corrida do Ouro" tenta comer seu sapato para sobreviver.
Paulo Vilardo 3A
Legal perceber como podemos utilizar as linguagens da arte para conhecermos mais a história, não? O artista e suas obras são fontes fantásticas para os historiadores, verdadeiro intérprete dos sentimentos de seu tempo.
Excluirbjos.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirO crescimento econômico que existiu na década de 20 nos EUA, principalmente no que diz respeito a atuação norte-americana na Europa em período de I Guerra Mundial e pós - I Guerra, criou a expectativa de progressão em altos índices do sistema econômico. Mas a falha dos mecanismos econômicos (empresas - bancos - ações - bolsa de valores) que foi causada pela superprodução frente a demanda que não acompanhava; os créditos dados aos trabalhadores, enfim, as condições que englobam o período de crise. Com a grave crise econômica, o desespero atinge fortemente a sociedade que vê o desemprego e outros problemas sociais assolarem o sistema liberal, agora visto com maus olhos. A insatisfação social é descrita nos dois trechos acima e demonstrada nas charges: desemprego e fome; decorrentes da quebra da Bolsa de Valores, de bancos e empresas; na relação com o Brasil, a crise se deu basicamente pelo rompimento da exportação de café para os EUA, sendo esse produto primário o mais importante na dinâmica comercial de exportação brasileira, levando o preço do café a cair drasticamente e causando um prejuízo enorme para o mercado interno que acarretou na queima de inúmeras sacas. Assim sendo, as facetas iluminadas tanto nos trechos quanto nas charges, são de plena insatisfação social com a consequente alteração na política do momento, como o surgimento de regimes fascistas em diversos países, que buscavam a recuperação do sistema.
ResponderExcluirMateus Alves e Alves turma 3A
Boa síntese! Mas faltou referir-se à ausência total do Estado no planejamento econômico-social de então, como um dos elementos explicativos da crise. Afinal, em tempos de crítica acirrada ao Estado do bem-estar social, é bom que nos lembremos disso!
Excluirbjos.
Em 1928, com um grande índice de superprodução na época, os Estados Unidos visavam uma ampla prosperidade econômica que aumentaria, ainda mais, no ano seguinte, devido a grande facilidade de se obter crédito para investir na bolsa de valores(investir em ações), que se tornou um grande hábito americano. O que não esperavam, os americanos começaram a ter uma baixa nos preços devido ao grande índice de produção que fez com que a oferta fosse menor pela procura, gerando, portando, uma quebra dos lucros que incidiu rapidamente na quebra das ações, desencadeando uma série de quebras financeiras de empresas e bancos, na qual esta crise atingiu tanto a sociedade estadunidense e o mundo, criando um alto nível de desemprego.
ResponderExcluirhttp://2.bp.blogspot.com/_O4FXb_-9qWY/S_fSaQ0DaRI/AAAAAAAAABo/X36r0ii5xC4/s320/image-3
Como os salários dos trabalhadores não acompanhavam a produtividade das fábricas, houvera necessidade de um corte em determinadas áreas, na qual foi afetada o emprego dos trabalhadores, gerando um desemprego que marcou esse período de crise. Na foto acima, vemos uma criança com um cartaz questionando o porquê de não dar emprego para o pai dele. O grande problema da Crise de 1929, que foi ajustado posteriormente no futuro mandato do presidente Roosevelt, foi que o mercado era regido apenas pela lei da oferta e da procura, sem interferência estatal. Com o governo de Roosevelt, isto foi modificado. Regido por ideais de John Keynes, o presidente Roosevelt aderiu que o mercado não seria capaz de se regular sozinho e portanto o Estado passou a controlar o mercado afim de estabelecer um rigoroso controle sobre a atividade dos bancos, para impedir a especulação, além de lançar grande obras públicos e atribuir subsídios à agricultores para que diminuíssem a produção, mantendo o preço dos produtos, estas foram as medidas que Franklin Delano Roosevelt chamou de o "New Deal".
http://1.bp.blogspot.com/_fGbNjy2kz9I/TCqK_6aqvcI/AAAAAAAAIyQ/54isM6D8ucA/s320/01.02_crack_american+way+of+life.jpg
Diego Duarte Gisbert Campos Turma:3A Nº10
Diego, dê uma olhadinha na sua redação. Algumas frases apresentam problemas para a compreensão. Vejamos: "O que não esperavam, os americanos começaram a ter uma baixa nos preços devido ao grande índice de produção que fez com que a oferta fosse menor pela procura, gerando, portando, uma quebra dos lucros que incidiu rapidamente na quebra das ações..." A oferta não foi menor que a procura, ao contrário, a crise foi de superprodução e subconsumo.
ExcluirReveja, ok!
Bjos
"Nessas circunstâncias, era inevitável, no início, que fossem perseguidos por um sentimento de degradação pessoal. Tal era a atitude para com o desemprego naquele tempo: era um desastre que acontecia a você como indivíduo e a culpa era sempre sua”
ResponderExcluirUm dos fatores que culminaram na crise de 1929 foi o desequilíbrio entre o salário dos trabalhadores e o lucro das empresas. Bastante explorados, os operários não recebiam o equivalente a sua mais-valia, ao mesmo tempo em que a empresa obtinha enormes saldos. E esse lucro era aplicado na venda de ações baratas, as quais eram acessíveis a todas as parcelas da população.
Daí o efeito desastroso da crise: todas as classes sociais foram afetadas, e a mais atingida foi, sem dúvida, a camada popular e operária dos Estados Unidos. Como consequência disso, o preço dos imóveis e das ações despencava, empresas faliam sucessivamente e a sociedade se deteriorava.
Diante dessa realidade, a intervenção estatal proposta por Kennedy foi, em parte, responsável por diminuir os efeitos da crise. Mas o que, de fato, "resolveu" a crítica situação econômica dos Estados Unidos foi a eclosão da Segunda Guerra Mundial, a qual estimulou a indústria estadunidense.
Gabriel!!!! Kennedy nesse momento é complicado, viu!!!
ExcluirLegal, vc. ter valorizado a mentalidade do self made man que o liberalismo afirmava e como ela influenciava a maneira como as pessoas se viam e viam os outros. Dá para comparar com os nossos dias?
Bjos!
proposta por Roosevelt*
ResponderExcluirAh! Bom!!!
Excluirkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
PEDRO HENRIQUE SILVA CRUZ. TURMA: 3C N°: 26
ResponderExcluirAtravés da segunda imagem, onde consta um investidor falindo vendendo seu automovel por miseros 100 dolares, conseguimos ter uma noção do que foi essa crise de 29, causado pelo crack da bolsa! Já que os creditos cedidos pelos bancos foram enormes, para que pessoas e investidores investissem em ações, está alto especulação junto com uma super prodrução, na qual não houve um retorno na mesma proporção, acabou por levar grandes empresas a falencias, estas por sua vez necessitaram demitir seus funcionários, que ficaram desempregados, com isso não conseguiram pagar os emprestimos cedidos pelos bancos, e este por sua vez, faliram talvez. Resumindo, um caos geral !
Como o valor das coisas materiais é relativo, não Pedro? Dá para a gente pensar em como nos comportamos hoje e no valor real e simbólico dos bens que o sistema nos impõe como necessários, mesmo que,no fundo, os saibamos supérfluos.
ExcluirFilosofando um pouco, viu!
Isabela França turma:3C
ResponderExcluirA crise de 1929 trouxe graves mudanças aos Estados Unidos e ao mundo. No texto I está destacado o aumento do número de desempregados, o que levou o mercado consumidor a perder o seu poder de compra e a roda da economia parar de girar. No segundo texto, fica claro que os bancos, numa maneira de fugir da falência, passaram a se apropriar das de camponeses que haviam feito empréstimos. Essa situação fez com que muitos migrassem de um estado para outro à procura de empregos, outros preferiram as grandes cidades o que aumentou o número de desempregados em solo urbano.
Além disso, muitas ações perderam seu valor devido á perspectiva pouco otimista diante do futuro e à falência de muitas empresas. O que causou a falência de muitas pessoas que trabalhavam no setor financeiro, principalmente aqueles que viviam de investimentos na bolsa de valores. Exatamente como o homem, que numa tentativa desesperada, tenta vender seu carro por cem dólares.
A crise fez com que os norte-americanos percebessem que a época de desgraça em que viviam era fruto do liberalismo e da não intervenção do Estado na economia. Quando o presidente Roosevelt foi eleito pôs em prática a teoria concebida pelo economista inglês John Maynard Keynes. Surgiu assim, o Estado do bem-estar social, que defendia principalmente a intervenção do Estado na economia. A criação de obras públicas para gerar emprego e a regulamentação das atividades de bancos são exemplos de sua característica intervencionista.
Isabela, por trás das questões econômicas sublinhadas por vc. no texto 1 está a degradação da figura humana, o que deixou tão estarrecido o autor. A máxima do self made man demonstrou ser impotente para vencer a crise.
ExcluirBoa a sua análise, apesar de ser postada atrasada para a avaliação.
Bjos
A crise de 29, também conhecida como crack da bolsa de valores de Nova York como todos sabem, teve ínicio nos EUA, que muito lucrou com a guerra mundial, fornecendo armamento aos Aliados. Essa prosperidade financeira possibilitou o aumento do consumo e da qualidade de vida no país, que passou a comprar muitas ações e fazer empréstimos dos bancos. Toda essa prosperidade foi momentânea, uma vez que causou uma profunda depressão no país, que se viu obrigado a parar com as importações, o que afeta diretamente o Brasil, exportador de café. É importante lembrar que o liberalismo estava em alta, e o Estado não intervia no mercado. Somado a isso, houve uma avalanche de desemprego e a quebra da bolsa, evidenciada na fotografia acima na qual o homem tenta vender seu carro para ganhar algum dinheiro. Sem renda, os cidadãos não podiam pagar suas dívidas e perdiam suas terras, que eram tomadas pelos bancos. Em 1933, o presidente Franklin Roosevelt implanta o New Deal, fixando o salário mínimo, ampliando a previdência, limitando a jornada de trabalho e fazendo a intervenção estatal na economia (keynesianismo). Roosevelt ganha a confia do povo, incentivando as empresas e os trabalhadores e criando obras públicas para geração de empregos.
ResponderExcluirA crise teve seus reflexos em todo o mundo, exceto na URSS, que é socialista. No Brasil, afetou a produção de café, que foi ponto de partida para a queda da república oligárquica e a ascensão de Vargas.
Esse cenário também possibilitou a expansão da ideologia fascista pelo mundo.
Leticia Lima
Turma 3B
Número 23
Vc. fez uma boa síntese dos eventos, mas, vamos refletir um pouco mais sobre as outras facetas da crise? Bjos.
ExcluirCom base no texto 1 e na foto do homem vendendo seu carro a "preço de banana", afere-se que a crise do capitalismo liberal atingiu as diversas camadas sociais da população, desde trabalhadores do campo(como evidencia o texto 1) até investidores que perderam tudo por conta da quebra da bolsa. Tal indiferenciação é bem mostrada pela imagem abaixo:
ResponderExcluirhttp://www.ohistoriante.com.br/greatdepression1929.jpg
Na qual é mostrada uma fila de homens à espera de alimento. Homens de diversas idades, etnias e credos, mas que viviam, independente de suas escolhas, sob uma lógica capitalista.
O que é explicado pela dependência entre os setores da economia capitalista, por ter como finalidade gerar o máximo de lucro possível, o que só seria possível se o capital controlasse todos os estágios da produção.
Ou seja, tudo depende do lucro e sem este a economia capitalista se retrai, causando desemprego em massa, e, muitas vezes, a morte de diversas pessoas. É assim que o Capitalismo funciona(va).
Sim, a lógica máxima do capitalismo liberal vigorava: o lucro não impediria o atendimento às demandas do mercado, sem a intervenção de qualquer outra instância que não fosse as do próprio mercado. Não foi isso o que aconteceu, não é?
ExcluirNos textos 1 e 2, vemos como a crise afetou os trabalhadores comuns, tanto urbanos quanto rurais. No caso dos trabalhadores urbanos, o problema foi o desemprego causado pela necessidade de corte de gastos das empresas, que também tiveram incontáveis prejuízos. No dos trabalhadores rurais, a implantação de insumos tecnológicos no campo, na tentativa de modernização, acaba por aumentar a produção, mas, ao mesmo tempo, também expulsa o trabalhador de sua terra, por meio da pressão financeira.
ResponderExcluirNa primeira imagem vemos o caso do Brasil: como a crise afetou a produção de café. Como o poder de consumo caía, a produção excedente não tinha para onde ir e ficava preso, fazendo com que o preço despencasse. Assim, várias políticas foram implementadas, entre elas, a queima de sacas de café para tentar restabelecer o preço.
A segunda imagem mostra que uma forma capitalista de ganhar dinheiro relativamente nova foi também afetada. Na realidade, os investimentos desregulados foram parte da causa da crise. O otimismo causado com a valorização das ações na bolsa de valores resultou na especulação financeira que, por fim, acabou por causar queda nos preços das ações e a desvalorização brusca causou a quebra da bolsa.
É importante lembrar também que os efeitos da crise afetaram fortemente os países europeus, que se recuperavam da guerra com a ajuda, principalmente, de capitais norte-americanos. Assim, com a crise começada nos EUA, esse não mais podia auxiliar a Europa e, com isso, os avanços estancaram e o crescimento retrocedeu.
A Alemanha, grande culpada pela guerra, sofria ainda sob o peso das punições como o Tratado de Versailles. Então, ela estava ainda mais apoiada nos investimentos que pararam de chegar em 1929.
Helena Oliveira n°:16 T:3B
Vc. privilegiou a interdependência gerada pela economia capitalista como um dos elementos explicativos da crise. Boa sacada!
ExcluirA crise de 1929 teve reflexos no mundo inteiro, além de deixar 13 milhões de pessoas desempregadas no EUA, causando uma forte depressão no país inteiro. É preciso ressaltar que no período pós-guerra, os EUA assumiu a hegemonia como potencia econômica mundial. O país não sofreu nenhum dano – pelo contrário, saiu lucrando, pois era fornecedor de material bélico para os Aliados. Assim sendo, concluímos que a guerra foi um fator crucial no que diz respeito ao crescimento expressivo da economia.
ResponderExcluirIsto refletiu muito no poder de consumo da população, que além disto, teve sua qualidade de vida aumentada. O tempo era de prosperidade: a população tinha um poder aquisitivo maior, e houve um aumento expressivo do consumo. Não é a toa que não só crescia a compra de ações, supervalorizada, como também houve um aumento da produção industrial, devido ao alto grau de consumo da população.
O resultado já sabemos: o crack da bolsa teve profundos reflexos na sociedade americana. Como a população não conseguia acompanhar o ritmo de produção através do consumo, houve uma superprodução aliado ao fato do valor das ações ser artificial deu na tão famosa crise de 1929- ou crack da bolsa de nova Iorque.
A população entrou em uma depressão profunda. E não foi a toa: estavam acostumados com um padrão de vida onde a qualidade de vida era alta, e o poder aquisitivo permitia o consumo. O desemprego tirou tudo isto destas pessoas, que antes estavam deslumbrados com o crescimento econômico que o pais apresentava, e que os próprios cidadãos tinham.
O primeiro texto mostra, como dito pelo Daniel Scalercio, que o trabalho era de fato um meio de satisfação pessoal, era o que garantia a possibilidade de levar a vida da forma como vinham levando, e que possibilitava o consumo e o padrão de vida levado. O desemprego acabava com tudo aquilo- o resultado foi uma profunda crise pessoal. Os cidadãos se viam perdido, pela primeira vez, depois de um alto crescimento econômico do país.
“Lembro-me do choque, do espanto que senti quando pela primeira vez me misturei com vagabundos e mendigos...”
A concepção era esta: o individuo é caracterizado pelo trabalho. O homem só alcança a auto satisfação e o “respeito” da sociedade através do trabalho. Então este homem, além de perder seu emprego, perdia sua identidade, e sua dignidade, e o pior de tudo, como podemos ver no texto, é que a culpa era atribuída ao individuo. Tudo convergia para depressão, e era impossível não “cair” nela.
Aquele individuo, cujo modo de vida era o American Way of Life, como bem colocado pela Bárbara Drude, se via sem chão. Onde estava a prosperidade? A possibilidade de consumo? A qualidade de vida elevada? Nada mais fazia sentido para o cidadão. O clima pessimista se instaurou de tal forma, que o cidadão ficou imerso em um mar de depressão. Não é a toa que uma outradenominação para a crise de 1929 é a Grande Depressão de 1929. Esta denominação ilustra bem o clima vivenciado pelos cidadãos estadunidenses. caracterizava.
Na imagem vemos o desespero ilustrado na na própria moeda do país:
http://lutaclassista.files.wordpress.com/2008/10/capitalismo1.jpg
E nesta outra, uma clássica imagem da Crise de 1929, mostra o contraste entre o outdoor que ilustrava o American Way of Life, mostrando cidadãos dirigindo carro com a família toda feliz, e uma fila de desempregados, com a face ilustrando a depressão que se instaurara em 1929.
http://sol.sapo.pt/photos/paularodrigues/images/1554882/original.aspx
AMANDA THOMÉ Nº02 T: 3B
Os fragmentos acima tem como foco principal retratar a forma como a população sofreu os impactos da crise, com um olhar da crítica e descrença sobre o modelo econômico até então em vigor. No texto de STEINBECK, uma característica que evidencia esse ponto de vista do autor é a correção do termo "meu" pelo "nosso", indício do grande número de movimentos de contestação ao capitalismo que começam a se disceminar, como o socialismo e o facismo, que apesar de muitas diferenças, compartilhavam pensamentos e propostas justamente pelo contexto em que se apresentavam, onde o individualismo e a idéia do "self-maid man" davam lugar à busca pela união e pela centralização do poder, pois estava mais do que comprovado que a "mão invisível", citada por adam smith, não era capaz de manter o funcionamento do mercado. Isso explica o culto a um líder ou uma figura de adoração do povo presente tanto no facismo, com Hitler e Mussolini, quanto no socialismo com Stalin e outros líderes.
ResponderExcluirNa charge abaixo é perguntado sobre alguma solução para a crise e o voluntário para a resposta é justamente o ditador alemão.
http://www.google.com.br/imgres?hl=pt-BR&biw=1280&bih=655&tbm=isch&tbnid=ueY419r6AFFamM:&imgrefurl=http://profrondys21.blogspot.com/2011/08/surgimento-do-fascismo-e-do-nazismo.html&docid=M-smFuu-ix10XM&imgurl=http://4.bp.blogspot.com/_wvpdigSegxg/SrL2-MbffgI/AAAAAAAAAIY/2MZB5oFISoU/s1600/crise%252B1929.jpg&w=365&h=400&ei=KRdaUNbPC8Ti0QHf9YCoDQ&zoom=1&iact=rc&dur=666&sig=109461577498424275216&page=1&tbnh=142&tbnw=130&start=0&ndsp=16&ved=1t:429,r:7,s:0,i:92&tx=28&ty=75
Pena que sua análise tenha chegado depois do período da avaliação, mas, valeu pela crítica e busca de material.Será considerado.
ExcluirEm análise ao primeiro comentário, ao texto base e à primeira foto, percebe-se o quão importante a economia dos Estados Unidos era na época do pós primeira guerra. Os países devastados recebiam constantes auxílios financeiros dos EUA e se recuperavam aos poucos.
ResponderExcluirPorém, com a crise de 1929, os EUA já não conseguem mais conter seus próprios prejuízos, expandindo a crise para um patamar global, agravando ainda mais a situação dos demais países.
Até mesmo aqueles que não participaram da guerra acabaram passando pelo mesmo sufoco: na primeira imagem postada, a crise cafeeira eclodiu no Brasil no mesmo período.
Isso tudo mostra a grande magnitude econômica e política que os Estados Unidos tinha e ainda tem. Nota-se que, tanto durante as guerras quanto após elas, o país assumiu uma postura de liderança necessária, que foi fundamental para restabelecer o equilíbrio absoluto.
Semelhante ao que aconteceu em 1929, outra crise (iniciada pelos EUA) provocou grande estrondo no mundo inteiro. Em 2008, o abalo do mercado imobiliário não só gerou a redução do movimento bancário como também foi uma grande facada na economia global, prejudicando até as camadas trabalhistas mais baixas.
Em resumo, no início do século 20 os EUA apresentou-se como pilar econômico e político do mundo; ficou evidente a sua importância após a grande crise da década de 20, quando levou consigo diversos outros países à ruína. No mesmo nível que conseguiu se reerguer, aumentar severamente seu poderio bélico, e manter-se numa guerra "fria" durante décadas.
BIANCA DOMINGUES DE MATOS TURMA 3C Nº 5
Pena que sua análise tenha chegado depois do período da avaliação, mas, valeu pela crítica. Isso será considerado.
ExcluirOs documentos acima retratados iluminam as facetas e os impactos economico-sociais causados pela crise, de um ponto-de-vista em primeira pessoa, mais direto e pessoal. Americanos, que foram expostos por anos no período do pós-guerra durante a década de 20 à injusta ilusão do “american way of life” (na prática tal estilo de vida abrangia apenas os W.A.S.P. - White, Anglo-Saxon and Protestant - tradução: branco, anglo-saxão e protestante - excluindo os afro-descendentes, latinos e índios americanos), a previsões que visavam apenas o crescimento e desenvolvimento da economia americana e a incentivos constantes dos investimentos na bolsa (na época, a atividade que gerava mais lucros no menor período de tempo) se viram de repente sem dinheiro e posse alguma, a não ser a roupa do corpo. Pessoas, que tinham toda a sua fortuna e bens investidos no mercado de ações, passaram de ricas ou classe média a miseráveis. Até mesmo os donos de bancos foram atingidos: um a um faliram.
ResponderExcluirO crack da bolsa de Nova York em 1929, que representou o boom da crise, foi marcado por milhares de pessoas retirando suas ações simultaneamente. O desespero coletivo foi tamanho que ações que valiam 500 dólares passaram a ser vendidas por 20 dólares ou até mesmo pelo ínfimo e significativo preço de 1 dólar. A lei da oferta e da procura explica: se todos vendem as suas ações ao mesmo tempo, a oferta se torna demasiadamente alta, com uma procura quase nula. E assim atinge-se o limite de uma doutrina liberal que até então era apresentada como livre, auto-regulável e incontrolável. A mão do mercado não foi suficiente para conter tamanho desespero.
É importante também ressaltar o impacto internacional que a falência da economia americana causou, principalmente no continente europeu, que começava a se recuperar da primeira guerra mundial através dos empréstimos americanos. A charge a seguir ilustra esse fator de forma inusitada e cômica: http://1.bp.blogspot.com/-wrlyVqGhkEw/Tljbyfsg0uI/AAAAAAAAACc/kYMe-4npbS8/s1600/charge2.jpg
INGRID LUZ 3A Nº 17