terça-feira, 12 de novembro de 2013

A Revolução Chinesa

 (Trabalho de Francisca, Julia e Luíza)


Questão-problema:
Quais seriam os limites entre as liberdades individuais e as liberdades coletivas? Tais limites foram respeitados ao longo da revolução chinesa?

2 comentários:

  1. Uma outra questão interessante a se pensar é sobre o quanto a aliança da China com a União Soviética afetou no jogo político da Guerra Fria. Mudou algo? Não mudou? Por que?

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  2. É essencial entender que uma liberdade termina onde outra liberdade começa. A sociedade é pautada na relação de troca e respeito mútuos e, só assim pode constituir-se democraticamente.
    A China já foi imensamente espoliada pelo interesse imperialista inglês que impôs uma abertura ao ocidente jamais desejada pelos chineses. As revoltas contínuas e manifestações demonstram a insatisfação da população e do governo por inúmeras tentativas de expulsar os estrangeiros. Eis que cresce o nacionalismo. Era necessidade. Só aí, milhares e milhares de direitos à liberdade foram desrespeitados. A liberdade que uma nação tem sobre a autonomia de outra é entrar em outra discussão, mas cabe comentar que acreditar no direito de superioridade (ou ainda em um dever) é absurdamente repreensível e pensamentos como esses custaram vidas em praticamente todos os cantos da Terra.
    Depois, vencendo as imposições externas, ou, ao menos, reduzindo-as, veio o partido comunista que prometia dar um “Grande Salto”, tanto na economia quanto na moral chinesa. Mao Tsé-tung, nessa tentativa, acabou levando a nação a uma tremenda desorganização acompanhada de fome e até canibalismo. Foram tempos difíceis e, em tempos assim, a liberdade é à vida e as pessoas farão qualquer coisa para mantê-la.
    Mais adiante, veio a Revolução Cultural e de vermelho foram pintados o livro e a Guarda. Vermelho sangue, porque foram massacradas todas as liberdades individuais. Se a moda era expressão de si mesmo, agora ela é uniforme. Para que não existam diferenças, só existe liberdade coletiva. Nesse contexto, as vaidades eram tratadas com repressão violenta e arrastadas pela rua, assim como as pessoas que ainda as tinham. Morria a dignidade individual.
    Por volta de 65 milhões de pessoas morreram na Revolução Chinesa. A liberdade à vida foi massacrada. Pela libertação da opressão ocidental, em prol do desenvolvimento da liberdade nacional (coletiva), a liberdade individual foi esquecida. Assim, o limite entre a liberdade individual e a coletiva foi há muito ultrapassado, voluntariamente ou não e, sem dúvida, nem uma liberdade, nem a outra foram respeitadas ao longo da Revolução Chinesa.
    Marcos Nunes e Filipe Mendes
    3A

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